sexta-feira, 15 de julho de 2011

A DÚBIA POLÍTICA DE REAJUSTE: MAGISTRATURA X SERVIDORES DO JUDICIÁRIO GAÚCHO‏

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Que Deus nos Proteja!


Não posso, como sempre, manter-me impassível frente ao que "desejam" dizer que somos - servidores do Judiciário - e a realidade.

Novamente saio do mundo que sonho ser o ideal nessa relação transparente com o Ser Humano para vestir o traje da JUSTIÇA e RESPEITO entre cidadãos do Bem.

Eis minha Carta, nessa data, ao nosso Presidente do Tribunal de Justiça:



Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Justiça do RS
Excelentíssimo Presidente do TCRS
Caríssimos Colegas do Judiciário
Direção Cejus, Direção Abojeris, Direção ASJ


O Sindjus anunciou que, na ZH de 14-jul, levantou a "Bandeira" pela aprovação dos 12% de reajuste aos servidores do Judiciário gaúcho, visando derrubar a intenção do Governo Estadual de nos nivelar a outros pleitos de organismos estaduais.

Diz o Sindjus em seu portal que:

"Temos que mostrar aos deputados que os 12% foram uma conquista dos trabalhadores, que tem perdas de mais de 56% ..."

Em contrapartida, para o Orçamento do Judiciário, agora sob questionamento do Executivo que não atenderia tamanho reajuste, a Magistratura aguarda, silenciosamente:

Em tramitação desde agosto-2010 e pronto para votação:
"projeto de lei (PL 7.749/2010) que propõe reajuste de 14,79% sobre os subsídios dos ministros do STF e, consequentemente, de toda a magistratura nacional." google -

Ainda:

Palavras do Chefe da Casa Civil do Governo Tarso Genro, que diga-se de passagem ganhou em primeiro turno com aprovação de nosso Sindicato:

"- Já tivemos tratativas com os poderes e construímos acordos." (ZH - 14-jul)


Em pronunciamento anterior aos meus colegas do Judiciário já havia dito que essa prática de nos expôr à tapa na imprensa como se ganhassemos altos salários, sem mostrar os ganhos acumulados na gestão atual da Magistratura que se dão num manto de injustiça sem precedentes, tais como: auxílio-moradia, indenizações pagas por IR indevido, reajuste nos subsídios de 8,8% retroativos, o inaceitável acerto das URVs apenas à magistratura na sua totalidade e a nós, servidores, persistindo - mesmo que com processo favoráveis em todas as instâncias - em oferecer míseras parcelas de quatro e meia e mais esse último plus imoral de auxílio-alimentação, recursos para cursos no exterior e por aí vai...

Senhor Presidente do Judiciário, com todo respeito, diria que essas "tratativas" com o Executivo e os Poderes, sem a transparência devida à população gaúcha é que me faz desacreditar que estamos caminhando por estradas iguais.

Se o Tribunal de Justiça prega a transparência de ações seria preciso divulgar, também, nos meios de comunicação e mais especialmente em ZH, qual a fatia do Orçamento do Judiciário dispendida a esses constantes "adubamentos" no bolso da magistratura estadual.

Quanto ao Sindjus dizer que "os 12% foram uma conquista dos trabalhadores" é desprezível que se fale esse disparate em nosso nome: servidores do Judiciário!

Eu luto e reluto para que tenhamos os mesmos direitos, os mesmos reajustes que Vossa Excelência encaminha à Assembleia Legislativa e nas mesmas condições de retroatividade.

Discordo e, tenho certeza que meus Colegas também, de que lutamos por uma indescência de 5% de aumento real para julho, ainda por cima, principalmente espelhados no que a magistratura já avançou na Vossa Gestão nas questões salariais.

Discordo - com veemência - que me incluam nesse jogo de palavras que nunca conduziram e nem conduzirão a um efetivo aumento salarial aos servidores no final de cada mês, mas, religiosamente, tendo um Orçamento que contempla os pleitos da Magistratura.

Volto a clamar que nos "entregue" valores de URVs em maiores parcelas, pois se a magistratura aguarda 14,79% retroativo a janeiro passado fica claro, ao meu ver, que dinheiro há em caixa para Vossa Excelência gerenciar de acordo com sua consciência de Homem Público.

Respeitosamente,

Maria da Graça Marçal
OSJ - Aposentada
mgmarcal1@hotmail.com

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