sexta-feira, 8 de julho de 2011

A SERENIDADE DE CADA UM






Revista ISTO É (06-jul-2011) - O psicoterapeuta, George Vittorio Szenézi, especialista no trabalhar com os sentimentos, revela que é preciso se saber lidar com as emoções para chegarmos à serenidade ou mesmo descobrirmos nossa habilidade em "desovar" a inteligência emocional nas suas nuances.

Diz este expert:

"As sociedades criaram normas de "boa educação", incluindo a regulação da manifestação das emoções.

(...)
O ser humano desenvolveu outras formas de ter sua vida emocional. Descobriu que podia ter medo e raiva, mas sem mostrar. E criou emoções substitutas, socialmente aceitas. Em vez da raiva, surgiram o ressentimento, a mágoa, a irritação e o ódio, às vezes, o ciúme ou a arrogância. Para susbstituir o medo veio a ansiedade, a indecisão. No lugar da tristeza, a saudade, a solidão.

(...)

As emoções naturais como a raiva, a alegria, são intensas. Surgem, ativam o corpo para reagir e desaparecem. As que as substituem são menos intensas, porém ficam por dias, meses, anos. Os sentimentos substitutos continuam lá, nos pedindo para serem trabalhados para que possam chegar ao fim."


Assim, dentre outras tantas conjecturações ali apontadas sobre as emoções e suas mutações, percebo que um sentimento importantíssimo, a serenidade, só encontra abrigo no coração humano, quando aprende a separar condutas.

SERENIDADE: Qualidade ou estado do que é ou está sereno; tranquilidade, paz.

ESTAR SERENO: Calmo, tranquilo; que mostra serenidade de espírito. "limpo de nuvens"

Isso está no dicionário!

Mas o que fazemos dia a dia para que se incorpore à realidade de cada um?

Discutir, ser "cabeça-dura", estar sempre atento ao "externo" e não ao "interno", protelar decisões difíceis, debruçar numa matemática que nunca chega a um denominador comum... !!!???

A inteligência emocional - com esse cabeçalho acima - não resultará em serenidade de vida, isso é absolutamente lógico.

Os ditos "sentimentos substitutivos" farão o papel de bandido nessa busca pela paz, pela harmonia com as pessoas que nos relacionamos. Tais referências jamais serão motivadoras para encontrarmos essa relíquia chamada serenidade espiritual, porque estão alicerçadas em valores errados, onde a alegria, o afeto, o prazer, a inventividade são sugadas pelo descaminho.

Estou certa de que a serenidade surge quando nos propomos a usar a inteligência emocional de forma menos distante, mais lógica e com curta duração de tempo.

Ouvir ... falar ... compreender ... agir sem tantos pré-requisitos.

Quantas e quantas vezes esse sentimento (serenidade) já deve ter buscado um cumprimento e sequer notamos sua presença, que lástima!



Quem sabe nesse final de semana tudo muda...


Lições ... Sutis lições para mentes abertas a um diálogo de paz!

Maria Marçal

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