segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUINZE DE NOVEMBRO DE 2011 - VAIS PARA ONDE, BRASILEIRO?

Mal. Deodoro da Fonseca - nosso primeiro Presidente




Voltaire Schilling (História da República) diz sobre a República brasileira:

"De certa forma a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 foi a nossa Revolução Francesa que tardou cem anos a chegar.

Foi com a República que implantou-se o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estado da Igreja. Terminou-se com a hierarquia baseada no nascimento e na tradição de família substituindo-a pela forma republicana e democrática baseada no talento pessoal e no mérito."

"TALENTO PESSOAL E MÉRITO" -

Pois bem,

passados tantos anos me descubro perdida, como brasileira, nessa 'República' que não tem "cara" de Ordem e Progresso, extraída das mãos da monarquia.

Não sei exatamente o que devemos comemorar nesse Quinze de Novembro, porque não temos independência de poderes, as Federações se encontram comprometidas com a ganância e o povo não respira - há décadas - o ar democrático tão necessário a uma vida digna.

O Dia 15 de novembro de 2011 chega como um barco desgovernado, na minha concepção, se descobrindo a existência de um povo que não tem mais "guerreiros" que lutem pela honra, pela liberdade de ir e vir, nem mesmo que 'montem num cavalo' para tirar o Brasil dessa linha de frente do endividamento desenfreado por conta de empréstimos nacionais e internacionais, cujo recairá em nós a sangria de seu pagamento.

Estamos atrelados à desordem social, a uma 'República de calmaria aparente", VEJA!, onde os poderosos se locupletam, através da miséria de um povo, hoje sem educação, sem saúde e supostamente protegidos por grades e fuzis.

Soltarmos foguetes nessa 'República' que vivemos é vedarmos os olhos frente à realidade, escancaradamente dominada pela avareza, por votos secretos, por cuecas e pacotes recheados de verdinhas e, principalmente, pela falta de escrúpulos na lide com o Bem Público e o respeito aos direitos humanos.

Em consequência, minimizamos esse DIA DA REPÚBLICA, por absoluta ausência de forças em repudiar essa hipocrisia, com um "feriadão nacional" e o Congresso dá o exemplo, ocasião em que os vôos não são de Esperança por dias melhores aos brasileiros, mas sim de "retorno às bases" nos enchendo de sonhos sujos pela impunidade.

Ouviremos nesse Dia da República, possivelmente, discursos de quem teve ou tem processo administrativo, nos chamando para um Brasil sem febre, sem dengue, sem dor, porque somos "desenvolvidos". Isso é desolador.

E o ápice desse descalabro na República Democrática Brasileira se dará no momento em que ouvirmos a "propaganda OBRIGATÓRIA", onde, por certo, se falará de um País desconhecido.

Quinze de novembro de 2011, vais para onde, Brasileiro?

Maria Marçal

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