segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

AONDE QUEREMOS IR COM TANTA PRESSA?


















De repente nossa vida acelera o passo e nos damos conta de que não estamos sozinhos... Centenas, milhares de pessoas correm...correm sem rumo, predestinando um dia exaustivo.

Batemos a porta e saímos! não podemos ficar...

Mas para onde estamos indo nessa frenesi nos tornando menos acessíveis, que num simples 'atropelar' de palavras ou gestos derrubamos o equilíbrio?

Será que o Natal, momento tão santificado, tem culpa desse despertar "armado", onde as pessoas brigam por um lugar na fila, se descompensam quando a venda não acontece com rapidez, preocupados com o carro mal estacionado ...

E as palavras acompanham essa onda revolta: um pequeno 'senão' traz consigo agressões, tristezas, perturbando o andar sereno.

"Da gaiola da boca a palavra fugiu feito um passarinho."
Maria da Graça de Moura - poetisa


Aonde queremos ir com tanta pressa em sentimentos e ações?

A maioria de nós não sabe para onde vai...Apenas seguem os transeuntes enervantes, de passadas destoantes daquele momento especial que foi o nascimento de Cristo, sob um recipiente de alimento para gado comumente chamado manjedoura.

Estamos caminhando de forma errada nesse final de 2011, particularmente em direção ao dia 25 de dezembro.

Ondas revoltas não combinam com Natal.

Precisamos ajoelhar e não se erguer!

Voltemos...O compasso deve ser outro.

O berço de Cristo precisa de silêncio e paz e se desejamos mesmo visitá-lo tereremos que diminuir o passo... Isso é absolutamente necessário.

Então, aonde queremos ir?



Maria Marçal - As vésperas natalinas

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