domingo, 21 de outubro de 2012

ILUSÃO: TÃO-BREVE QUANTO




ILUSÃO:
"engano dos sentidos ou da inteligência";
"aquilo que se nos afigura ser o que não é";
"aparência enganadora".

Quantos de nós caímos nas armadilhas da ilusão mesmo sabendo que sua definição nos permite percorrer caminhos deliciosamente encantadores, porém fictícios, pois que é a arte de sonhar ao avesso.

Assim, embalados pela ilusão, nos vimos escrevendo cartas, galopando no cavalo branco, conversando com a lua, emergindo na direção das estrelas tornando verdade tudo aquilo que é mentira.

De forma passageira, a ilusão tem essa "aparência enganadora" abrigada pelo mito de que tudo vai acontecer...

Tão-breve quanto desejaríamos, a ilusão se instala driblando aquilo que não queremos enxergar nem pensar, pois que é muito melhor transitar no efêmero do que amofinar nas verdades que nos machucam.

Focar na ilusão como conceito temporário de viver é ato de candura para com nossas emoções, visto que dissimula o lado ruim dos pensamentos.

"Aquilo que se nos afigura ser o que não é"

De repente, se torna remédio ...

De repente, abranda...

De repente, serve para olhar o outro como 'una doce persona', cuja nunca foi.

A ilusão dirá:

- Deixes que pense assim! Vai lhe fazer bem.

Um convite enganador, por certo, mas que não se pode ignorar seu papel de iludir com doçura.

Duração?

Tão-breve quanto o bate-papo do coração com a razão o permitir.



 
 
Maria Marçal - Uma homenagem ao Horário Novo que chega com a doce ilusão de que nossos dias serão de longas noites de amor

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