Não é por acaso que galanteios se fazem, via de regra, pelo oferecimento de flores.
Moradias que tem flores, folhagens denotam, primeiramente, que ali reside alguém sensível, de coração doce, colorido.
As rosas, universalmente, ao meu ver, são as que mais espelham a consonância dos pensamentos de quem as oferece ou adquire. Delas exala o perfume do amor, sem se perder o realismo simbolizado pelos espinhos.
Se nos espelharmos nas rosas, florindo o pensamento com perfume, descobriremos a maneira mais fácil de desviar dos espinhos. É só uma questão de saber lidar ...
Os sentimentos das pessoas poderiam se constituir num belo jardim!
Plantaríamos:
Madressilvas, que cresceriam com simplicidade; não faltariam crisântemos espelhando durabilidade, longevidade, perfeição; cultivaríamos lírios simbolizando o leite materno - completo alimento; encheríamos de margaridas todo jardim, porque ali nosso pensamento retornaria à juventude do "essa quero...essa não quero"; no lugar mais adequado faríamos florescer a orquídea: a rainha, a primeira-dama de um jardim, pela sua delicadeza e cuidado no trato.
Mas onde ficariam as violetas de cores infinitas e as tulipas, flores que lembram flores?
Deixaríamos bem à vista de quem também flore o pensamento!
E o lírio da paz ficaria aonde?
- Ah! este traríamos para dentro de casa... regando diariamente para adornar dias e noites de terna felicidade.
Maria Marçal - Texto dedicado a ti, Lacir. Muito obrigada.
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