terça-feira, 5 de março de 2013

O NÓ QUE NÃO SE DESFAZ...




Roberto Carlos na sua arte de tratar das questões emocionais tem uma música que expressa o quanto somos fracos para tomarmos decisões rompendo laços que não estão mais ao abrigo do amor.

Chama-se De tanto Amor.

E por que nos amarramos à lembranças, a expectativas que não acontecem, a relacionamentos que exigem mais do que dão?

Aonde se esconde a fortaleza que nos liberta, que nos faz começar o dia com um sorriso, destituindo do cargo este amor amargo, silencioso na intimidade de cada um.

Muitos dizem que não seremos impulsionados a terminar relações sem amor, se não tivermos outro amor para substituí-lo.

Não acredito, particularmente, nessa versão.

Por vezes é melhor procurar a paz desacompanhada do que trocar de par tentando encontrar no seguinte o que faltou no anterior.

E nesse turbilhão de sentimentos sombrios, enroscados na indecisão, as pessoas vão deixando o tempo passar, agarrados a um nó que não se desfazerá enquanto a 'vítima' não segurar a ponta enovelada e trabalhar até o seu final, o que nada mais é do que a libertação.

Para que se prender à corda ruída?

A resposta está quando se descobre que sorrir é melhor do que chorar!

Cada um a seu tempo, tenho certeza, tem esta capacidade de emergir, se reconstruir com dignidade.
Sim! a dignidade deve ser vista como âncora para findar relacionamentos difíceis, sem amor, acomodados na indiferença.

Certa vez, no auge do sofrimento de minha separação uma amiga/colega psiquiatra me disse:
- Está na hora de reagir, Maria!

Foi aí que percebi o quanto meus amigos me viam mal, destruída, incapaz.

Palavrinhas mágicas tem esses realmente amigos, pois nos ajudam assim a desfazer o nó.

Depois daquilo participei de um concurso literário, onde contava como fiz para sobreviver afetivamente. O resultado foi um livro com a publicação de meu Conto.

Serve, portanto, este texto para dizer a quem passa pela indecisão de tocar o 'seu barco' que tudo tem saída, quando se olha para cima...quando se credita ao nosso Ego a capacidade de reação.

Claro que não é simples...mas até se aprender a andar precisa de nosso esforço pessoal.

Um grande abraço, amigo leitor.

Maria Marçal

obs.: Dra. Miriam - me lembrei de ti com este texto. O obrigada ainda está valendo!





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