segunda-feira, 4 de março de 2013

EXCESSIVOS ELOGIOS...SERÁ QUE É BOM?


Ontem, assistindo a entrega de prêmios aos melhores artistas de 2012 no Programa do Faustão, observei que, indistintamente, todos primaram pela troca excessiva de elogios, o que já é fato constante por parte do programador, também.

Pensei, naquele momento, no cuidado que se deve ter ao elogiar alguém, porque o não dito e o dito em demasia tem um peso enorme para quem o recebe ou deixa de receber. Instigam comportamentos que mexem com auto/baixaestima, ego, etc...

Um 'te amo' a todo momento...
'tu és perfeito'...
'não existe ninguém melhor que tu'...
És 'o mais competente'...

e tantos outros adjetivos expressos de forma superlativa a todo instante não trazem credibilidade, não nos aninham ao outro permanentemente, porque a perfeição é simbólica. Ela existe apenas para nos dar um empurrão em buscá-la, exatamente, em razão de que não somos perfeitos, imbatíveis, completos.

Somos Seres em constante construção motivados pela carência de amor, talento, humildade.

Excessivos elogios se tornam 'moçinhos', quando vindos na hora certa, esporadicamente e com a espontaneidade regida pelo olhar.

O mesmo se sucede ou seja soa como 'improvável' quem se autoelogia...aqueles que se acham os 'melhores', 'o mais em tudo'...

Em ambos os casos faz-se necessário o uso da cautela no expressar um sentimento bonito para que se torne verdadeiro.

As manifestações de afeto se tornam uma ponte de acesso ao caminho das relações saudáveis quando denotam confiança no dizer ou fazer.

Portanto, carinhosamente o estimo, meu leitor.

Assim que é bom!

Maria Marçal



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