UMA PARTE DE NÓS SEMPRE DIZ 'ADEUS'

Pode-se dizer que é batido falar de amores partidos. Contudo, o amor se alimenta da inconstância.

Homens e mulheres não ficam imunes ao antagonismo de sentimentos que alicerçam nossa essência, ora comprimidos na dor, ora no ápice do prazer de viver essa comunhão de corpos e mentes apaixonadamente incapacitados de se olharem além de si.

Que frágil é essa película do amor a dois!

Quantos cuidados são necessários nesse ato prazeroso de identidades que se fundem na cama, na mesa, nas conversas, na harmonia de uma relação.

Se 'morre por amor' ...

Se 'sangra por amor'...

Se 'vira criança grande por amor'

E nesse balanço de contradições emocionais se instalam tantas e tantas responsabilidades que o compromisso de amar transmuta da leveza para o indesejável.

E por esses atropelos do coração dizemos, invariavelmente, ADEUS ao amor in natura se permitindo rupturas difíceis de esquecer, de nos fazer inteiros novamente...

E uma parte de nós sempre diz ADEUS àquela cumplicidade de casal, porque somos fracos, exigentes, querendo descobrir defeitos em quem nunca os teve, buscando acoplar à relação o ciúme, a discórdia nas pequeninas coisas...

Como somos tolos ao deixar escapulir a liberdade de AMAR!

Uma parte de nós sempre diz ADEUS.

Um gol contra o AMOR, eixo da vida.

Que pena... Que pena.