quarta-feira, 14 de março de 2012

A LIBERDADE QUE ASSUSTA

Fotos tiradas na sacada de meu quarto/hotel
























Nesses dias de intenso calor tenho decidido buscar por lugares que tragam paz, muito embora os especialistas em assuntos d'alma digam que não existe palco mais rico que nosso interior para se deparar com esse diamante.

Tenho ido para o mar...

Próximo de Porto Alegre temos a praia de Capão da Canoa, onde está um hotel frente ao mar, longe do barulho e da aglomeração.

É lá que ponho meus pés na água...que desfruto do silêncio de meus pensamentos.. que descubro minhas intimidades.

Frente aquele oceano de sol nascente percebo e me assusto com tamanha liberdade.

A liberdade é como o amor, que se busca, busca e quando o encontramos não sabemos exatamente como nos portar, como usá-lo de forma segura, serena, evitando que fuja e desejando ardentemente que se aloje por inteiro e para sempre em nossa vida.

Complicado lidar com a liberdade plena, principalmente quando estamos livres, disponíveis ao próximo passo.

Sinto que a liberdade seria mais prazerosa se viesse com uma ponta de compromisso, de obediência a alguém, com algum roteiro...

Assim...tão desnuda, assusta. Coloca-nos no terreno da vulnerabilidade, estado emocional a um passo da carência, essa desastrosa companheira daqueles desalojados de laços afetivos.

E por me ver incitada a tais pensamentos incômodos o mar chega para apaziguar, subtrair sonhos descabidos, reencaminhando minha liberdade ou seja saindo do 'marco zero' para um lugar que tenha chão.


Amanhecer cumprimentando o mar!


Amanhecer descobrindo o outro lado da liberdade!




E volto de lá convicta de que a liberdade precisa de companhia.

Maria Marçal

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