quarta-feira, 2 de maio de 2012

CONFIANDO NO NOVO PRESIDENTE DO TJRS (ABAIXO-ASSINADO URVs)



Hoje, 02 de maio de 2012, se tornou um dia histórico para nós, Servidores da Justiça do RS, porque ao entregarmos o abaixo-assinado ao Juiz-Assessor da Presidência, Dr. Leandro Martins (Palácio da Justiça), deixamos ali centenas de assinaturas pleiteando o que temos de direito: mais parcelas de URVs, visto estarmos percebendo em pequenas frações.

Começei, no mês passado, a campanha junto aos colegas (ativos/inativos) para alcançarmos dez parcelas de URVs na Folha de Pagamento do Judiciário para junho e, para novembro, quinze parcelas.

"...uma mudança somente pode surgir quando estivermos unidos.."

E assim, com a colaboração efetiva do colega da Comarca de Montenegro, Davi Pio, iniciou-se a maior e mais receptiva acolhida a essa luta por direitos iguais  à Magistratura (já perceberam as URVs).

Não pedimos sua totalidade... Rogamos por mais parcelas em meses que não comprometem o orçamento da Justiça.

Nessa sintonia maravilhosa minha caixa de e-mails cresceu de tamanho, estufamos o peito respirando ESPERANÇA por todos os cantos do Riogrande do Sul.

Linda manifestação de união de ativos e inativos.

Busquei assinaturas no Fórum Central, no Palácio da Justiça, no Tribunal de Justiça da Av. Borges de Medeiros, com a adesão da Presidenta do CEJUS somente não conseguindo a assinatura do Presidente da ASJ, infelizmente.

Usei como capa para o abaixo-assinado essa mensagem, que espero sensibilize nosso Presidente, quanto à realidade vivida pelos servidores do Poder Judiciário: sem reajustes, sem qualquer benefício que minimize essa carga de trabalho tão honerosa e pesada a quem representa a mão-de-obra de uma JUSTIÇA eficaz:


Verdadeira compaixão



Quando resolveu contar histórias para crianças em hospitais, como voluntário da associação Viva e deixe viver, aquele desembargador teve de superar a si mesmo.

No dia escolhido para seu turno, na ala de queimados de um grande hospital de São Paulo, ele colocou seu nariz de palhaço, ajeitou seu avental colorido e enfrentou a forte visão das crianças com queimaduras. Foi um grande choque. Porém, em poucos minutos, ele já estava solto.


Sabia que sua maneira de exercitar a compaixão ali era dar alegria a quem estava mergulhado no sofrimento. O que ele não podia, naquele momento, era sentir dó, piedade, peninha. Por isso riu e arrancou muitos sorrisos, com as histórias que contou.

Foi um verdadeiro sucesso. Quando estava quase saindo, sentiu um puxão no seu avental. Era um menino de uns cinco anos, com o rosto quase totalmente envolto por bandagens e esparadrapos.


O garoto fez um sinal para o desembargador se inclinar e disse bem baixinho no seu ouvido: Tio, pode não parecer, mas eu estou rindo...


Aí não teve jeito, algo se desmanchou em seu coração.

Percebeu que ele se tornou mais terno, mais terno, e perdeu um pouco sua carapaça habitual de dureza.
Como não preenchê-lo de amor por aquela criança vivendo condições tão difíceis?

* * *
O sentimento da compaixão é mesmo um transbordamento amoroso. Como as lágrimas, que rolam dos olhos por causa da emoção, ela transborda diretamente do coração, só que em direção ao mundo.


Quando sentimos pena, olhamos de cima para baixo, evitando o envolvimento com a situação ou com o outro.
Quando vivemos a compaixão, olhamos de lado, de dentro e nos sentimos responsáveis, comprometidos com o outro.


A verdadeira compaixão tem por base o raciocínio de que todo ser humano tem o desejo inato de ser feliz e de superar o sofrimento, exatamente como nós.

E, exatamente como nós, o outro tem o direito de realizar essa aspiração fundamental.


O filósofo André Comte Sponville esclarece que compartilhar o sofrimento do outro não é aprová-lo nem compartilhar suas razões, boas ou más, para sofrer.

É recusar-se a considerar um sofrimento, qualquer que seja, como um fato indiferente. E um ser vivo, qualquer que seja, como coisa.


Os grandes missionários da Terra, aqueles que se dedicaram ao próximo de forma intensa, foram grandes exemplos dessa compaixão, pois não cederam à indiferença.


Não suportaram ver o sofrimento alheio sem fazer nada a respeito e se atiraram a tarefas grandiosas de abnegação e coragem pelo mundo.


A compaixão é dinâmica, atuante e vibrante.
Eis mais uma virtude que podemos aprender. Mais um tesouro escondido na alma que precisa ser descoberto.

* * *
Deixai que o vosso coração se enterneça ante o espetáculo das misérias e dos sofrimentos dos vossos semelhantes.



Vossas lágrimas são um bálsamo que lhes derramais nas feridas e, quando, por bondosa simpatia, chegais a lhes proporcionar a esperança e a resignação, que encanto não experimentais!Márcio Bicalho SobrinoNon Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo da Gloriam!

Falai somente quando as vossas palavras forem mais necessárias do que o vosso silêncio... "Provérbio Rosacruz"
PAZ PROFUNDA!






Finalizo agradecendo a cada colega que se engajou nessa luta, muito especialmente ao Davi Pio.

Esperamos que o Desembargador Presidente use, como um de seus primeiros atos administrativos voltado aos Servidores da Justiça - nessa nova Gestão, a caneta que dará total aprovação ao pleito com a folha de pagamento nos meses de junho e novembro resgatando direitos aprovados pela Magistratura e Órgão Superior.

Abaixo o registro dessa longa caminhada:

Colhendo assinaturas na reunião dos Aposentados da Justiça

O abaixo-assinado - entregue em 02-maio-12 ao Juiz-Assessor da Presidência representando à Presidência do TJRS


Sempre a acolhida da Presidenta do CEJUS, Maria Beatriz Machado, às Causas nobres da Justiça

Os signatários da JUSTIÇA PARA TODOS:
Maria da Graça Marçal (aposentada) e Davi Pio (Comarca de Montenegro-RS)





Obrigada Senhor... Agora é com Des. Marcelo Bandeira Pereira

Maria Marçal


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