sábado, 7 de julho de 2012

CONFIEI QUE ERA VOCÊ....



Quando você encontrar a outra metade da sua alma, você vai entender porque todos os outros amores deixaram você ir. Quando você encontrar a pessoa que REALMENTE merece o seu coração, você vai entender porque as coisas não funcionaram com todos os outros..
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você”. A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção.

(Rubem Alves)

E assim confiei que era você, mas essa confiança surgiu alicerçada num poema de Rubem Alves... 

Erroneamente 

Não! surgiu sob nossa realidade.

Não! reflete à cumplicidade da entrega.

Não! mergulha na paixão louca e recíproca do dia a dia.


Confiei que era você, porque o/a queria para minha vida, entendendo que isso significava AMAR...

Contudo,AMAR, como diz o médico e biólogo Humberto Maturana, em seus trabalhos sobre o ser humano no campo amoroso: 

"o amor verdadeiro não exige nada, não pede retribuição. Quando surge a exigência, desaparece o amor. Ele não admite críticas, pois elas significam a imposição dos desejos de alguém sobre outra pessoa e isso dissipa o prazer de estar junto."

E confiei que era você introduzindo algumas cláusulas só minhas!


Se olharmos pela visão de poetas como Rubem Alves diria, também, que a gente somente irá aprender se o amor chegou de fato, quando pararmos e prestarmos atenção no comportamento natural da relação...

E então, será você?

Na minha ótica, a resposta está no cotidiano de conversas ao pé-do-ouvido, respiração ofegante, coração deliciosamente aconchegado na calmaria da segurança de afeto.

Apenas assim. 






 
Maria Marçal -  Num sábado de inverno

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