domingo, 10 de novembro de 2013

QUANDO PRECISAMOS TOMAR DECISÕES

Imagem ilustrativa google


Neste domingo, uma reportagem extraordinária (jornal Zero Hora) surgiu do texto excepcional da jornalista Larissa Roso: o histórico de vida de uma pessoa que mudou de sexo se transformando de homem para mulher.

Essa jornalista faz um relato da, hoje, Helena (não mais Heleno) que nos faz pensar o quanto é difícil tomar decisões que venham a mudar nossa vida, muitas vezes chocando o próximo, porque nos preocupamos em demasia com os outros, sob o que pensarão, como reagirão.

Que texto impressionante...

À que profundidade interior se submeteu essa mulher, fisicamente homem até outubro passado, para decidir pela cirurgia, que lhe credencia agora a viver uma nova vida, mais nobre, pois lhe abre passagem à libertação daquilo que não permitia paz nessa guerra de conflitos.

Como Helena bem diz:

"É uma revolução, uma mudança que não é só minha. É a mudança da minha família, da história da minha família.."

Histórias de rompimentos nos cercam no dia a dia: amores empurrados pelo desgaste; elos com familiares necessitando de conversas francas; trabalho sendo esmagado pela prepotência, inveja... e mais uma centena de situações humilhantes e desfiguradas, as quais vamos nos afogando pela falta do encorajamento.

Ontem recebi um e-mail de uma pessoa muito especial para mim manifestando sua decisão de parar de trabalhar, deixando de se submeter as mesquinhez do poder para desfrutar, imediatamente, de sua aposentadoria, cuja se vê habilitado há décadas.

Falou:
- Segunda-feira irei lá só para me despedir. Chega!

Também, fui surpreendida por uma amiga neste mês me avisando de sua decisão:

- Maria, pensei muito e decidi voltar para São Paulo com meu filho. Lá ficarei perto de minha família. Isto depois de dez anos aqui no nosso Rio Grande do Sul, estabilizada e bem sucedida no emprego como advogada no campo jurídico. Não vejo futuro para mim aqui.

Estes são apenas alguns exemplos de coragem e determinação, que servem para nos dar conta de que nosso tempo é precioso e, oxalá, todos que sofrem pelas mãos da indecisão se dessem conta de que o pior é ficar refém daquilo que sabemos não querer mais ou não fazer o bem que sonhávamos acontecer.

Quando precisamos tomar decisões...

Teremos esta resposta no momento em que fizermos como Helena:

- quando encararmos nossa autoconfiança como forma de sobrevivência.

Meus parabéns aos meus ilustres protagonistas desta postagem por servirem de exemplo a tantas pessoas que precisam e devem decidir seu melhor destino:

- Helena
- Jornalista de ZH, Larissa Roso
- Um carioca
- Uma paulista´e gaúcha em trânsito.

Em tempo: também me apontou para decisões!


Maria Marçal

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