sábado, 19 de outubro de 2019

Fico pensando....


Ao ouvir Charles Aznavour  em toda sua simplicidade, num som límpido, comovente, quase como um sussurro, fico pensando como estamos sedentos por uma vida assim.

Fico pensando que seria tão bom se reaprendêssemos a equilibrar a divergência, social ou familiar, soprando ao vento palavras não castigadas pela má educação.

Ah! como seria providencial que todas nossas diárias angústias e inquietações se entrelaçassem entre os dedos numa oração de cura, de redenção!

Fico realmente pensando que assistir um grande cantor e uma boa música não requer luzes, extravagâncias quase obscenas, trajes que convidam ao sexo, às drogas, às alucinações de mentes despreparadas....

E, no conturbado - quase doentio - campo político, fico pensando que todos...todos, indistintamente, não conseguem se desapegar do poder, da ganância, da obstinada busca de atenderem a si próprios ...que pena...que lástima... que caminhada triste.

Mas, por fim... Charles Aznavour reverte esses abismos e deixa-nos um legado precioso: o propósito de apreciar a vida com notas de doçura. 

Assim seja!

Maria Marçal
Blog Maturidade



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