domingo, 31 de maio de 2009

Minha vida incompleta de aposentada

Às vezes, nem acredito que estou aposentada aos 53 anos.

Agora as horas se tornaram amplas, sem compromisso.

Meus afazeres não tem mais o controle do relógio e não sei até que ponto essas mudanças são boas.

Semana passada cheguei a buscar um novo trabalho, porque quem me conhece sabe o quanto não tenho esse espírito lerdo, pacato.

Senti que a "Maria" precisava ativar as turbinas novamente.

Que olhar o sol nascendo e se pondo não é o cenário que desejo neste momento.

Minhas condições financeiras também ainda não permitem alçar voo por esse Brasil, como tanto gosto.

Então, como é de meu temperamento: saí em busca de uma nova ocupação.
Encontrei duas pessoas caras em carinho comigo desde anos, as quais me acenaram com algumas possibilidades fenomenais.

Cheguei, confesso, até ficar meia impressionada com o que pensam de minha capacidade. Mas que venha ... Sei que darei o recado. Confio em mim.

A segunda-feira, hoje, não tem mais o sabor de compromissos e posso me deliciar em ler calmamente minha Zero Hora que assino junto ao indispensável café da manhã e depois ir para o site Dihitt que tanto bem me faz. Lugar onde encontrei novos amigos, onde acrescentou cultura à minha vida.

Ainda não soube o que é ficar sem os cafezinhos espalhados por 24 horas.
Que bom não perder esses hábitos gostosos!!

O amanhã, como aposentada, ainda faz parte de meus sonhos e metas a serem cumpridas.
Exatamente como quando me separei depois de vinte anos.
Não me gostei no papel que estava e parti à luta.

Agora, faço igual.
Quem sabe o pacote não será de grandes conquistas novamente?

Quem sabe não vem junto um grande amor?

O importante é não querer a estagnação.
A beleza desse novo processo é termos a sabedoria de discernir, em tempo, o que é bom para mim, especialmente para mim.

Maria Souza

0 COMENTÁRIOS: