sexta-feira, 31 de julho de 2009

O AMOR NÃO PRECISA DE ALIANÇA

“...nada melhor do que estar apaixonada...e à medida que o compromisso vai ficando mais sério, é a jóia que vai mostrar que o sentimento é verdadeiro.

A aliança é conhecida como símbolo de união - sua forma circular representa a eternidade do amor e o ouro simboliza os sentimentos nobres.”


Mas será mesmo que precisamos de um objeto para identificar ou quantificar o quanto amamos alguém?

Será que o sentimento é diferente do casal que não a usa?

Tomada a decisão de viverem em comum, ambos se deparam com a compra da “argolinha mágica”, cuja irá servir de prova real que esses dois enamorados se pertencem e ninguém mais terá o direito de olhá-los de forma amorosa.

Poderia, ainda, se dizer que ao assumir esse romance e pôr uma aliança é feito um pacto nupcial que poderá ser para o resto da vida.

Não importa se é uma argola de metal, de ouro, prata... apenas que esteja no dedo dos parceiros para mostrar à sociedade respeito, vínculo, fidelidade e amor eterno.

Mas creio que esse sentimento aos poucos foi se distanciando desses compromissos.

A paixão e o amor não atendem mais aos rigores do compromisso entre os apaixonados.

Vê-se que o amor aprendeu a se libertar desse pacto escrito, “aliançado” e falado. Sua “cara de hoje” é livre, presa somente a sentimentos que, nem de longe, aceitam regras, imposições de posturas conjugais.

E, ainda mais, o amor de hoje não tem mais tempo definido nem mesmo nos sonhos. Esse sentimento não necessita mais de “aliança” no dedo para provar seu tamanho e eficácia.

Esse chega, mostra seu jeito individualista, independentemente de vestir seu dedo direito ou esquerdo..

É opcional aquele objeto que, em tempos de outrora, definiria toda uma existência de propósitos.

É, “a vida passa ...”

E, hoje, “.. quando a gente ama, simplesmente ama...”.

Exatamente assim: simplesmente ama.



Crônica de
Maria Souza - Porto Alegre - RS
31-julho-2009

Fonte Vídeo: Canal YouTube | joserobertofranca

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