sexta-feira, 24 de julho de 2009

QUANDO O AMOR SE VAI...


QUANDO O AMOR SE VAI...

As tentativas de relacionamento são construídas com tantas esperanças que ao tomares um avião em busca das ilusões construídas e lá, nas nuvens, acabas descobrindo que esse é o único lugar onde tudo faz sentido, onde o enamorado sentimento tem acento marcado e ninguém o tira de ti, dá uma impressão de que, mesmo assim, ainda és vencedora, porque estás lutando por um objetivo - dê certo ou não.

O amor, essa poção mágica que precisa da crença absoluta de que ambos se amam de verdade,
de que se desejam desnudados, ao aterrisar em solo firme.... com a força da maturidade do coração, constata que não era nada daquilo... não era amor ... não era paixão ...
é um AMOR QUE SE VAI. Terá horas de sobrevivência.. apenas isto.

Mas como é bom o sabor da breve conquista, da doce armadilha do sonho.
Teres teu amado para sempre, mesmo que apenas numa viagem de ilusões.

Como é bom!

Mas aí vem a aquela palavra de três letras: FIM

Estaca zero... acaba a fantasia do aconchego dos corpos em noites de luar.

Então a esperança dá lugar ao desencanto, aos olhares entristecidos pela desilusão do NÃO SER, se misturando ao dia vazio, desestruturando a próxima estação.

Nesse momento é preciso RECOMEÇAR!

Pôr um novo calçado para andar pelas ruas da procura.

Alí, na luz da lua, encontraremos outros tantos desiludidos, amarguradamente sedentos de um novo amor... sem pressa ... mas que precisam reaquecer e apagarem a esperança do ontem que já partiu.

Aquele tempo não volta mais... aquela viagem teve ida e volta....

O hoje será de novos olhares... novas viagens e, quem sabe, sendo substituídas aquelas três letras, por apenas duas: OI!

Quem sabe....



Maria Souza
Crônica de minha autoria
julho-2009

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