quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O MILAGRE DAS FLORES

















Naqueles tempos em que acreditávamos já saber de tudo (dos 20 aos 35 anos) aguardávamos que nosso amor nos mandasse rosas, bouquets lindos carregados de sublime encanto.

Naquela época os enamorados se utilizavam do envio de flores para expressar o que hoje vimos tão banal e corriqueiro: um dizer EU TE AMO com cores vivas, brotando lisura nas relações de afeto!

Havia a esperada quarta-feira para namorar-se com a permissão dos pais, o dançar com rostos juntinhos e nada mais... sem sexo... sem um tchau... sem um "ficar" de água morna. A água escaldante estava na simbologia da entrega do ramalhete de flores no outro dia pelo entregador ou mesmo pelo amor recém descoberto num olhar maravilhosamente enfeitiçado pelo cupido.

Ah! se, hoje, as flores tivessem ainda aquele mesmo destino de unir, acarinhar, sonhar com os pés na Lua!! ... Como seria bom... o papel celofane recobraria seu status de beleza, os romances teriam o perfume das flores!

Quem sabe as quartas-feiras ainda podem, milagrosamente, se fazer presente na vida de quem ame e queira amar?

Quem sabe?

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