NOSSO LAR DE HOJE = NOSSO LAR DE AMANHÃ

Somente hoje me vejo preparada para escrever sobre esse Longa de Wagner de Assis intitulado com absoluto realismo NOSSO LAR. Assisti ontem, domingo.

Dedico essas considerações ao meu amigo Geraldo (http://pharisfaces.blogspot.com/) que pertence ao Centro Espírita Cele aqui em Porto Alegre.




http://www.dihitt.com.br/n/religiao/2010/08/18/nosso-lar-o-filme--a-necessidade-de-ir-na-primeira-semana (matéria no Dihitt)

"O que estou fazendo com minha vida?"

Fundamentalmente esse filme nos leva a questionar o valor da vida que temos hoje, o que fazemos, como nos comportamos perante sentimentos negativos e, paralelamente, credencía-nos para qual dimensão pós-morte seremos conduzidos.

Para mim, nessa maturidade de 54 anos, me impulsionou a reagir ou agir "diferente" comigo... me mostrou que tenho muitos "perdões" a serem buscados, embora seja uma pessoa da paz, da generosidade, da sinceridade absoluta para com todos que conheço, mas esses atributos noto que são insuficientes. Por trás desses predicados se encontra uma Maria não capacitada para entrar "direto no paraíso". Ressentimentos, mágoas que trabalho muito, falta de novas "alavancadas" ainda tem peso, mesmo que ínfimo, mas existem no meu presente.

Para as mulheres tem um alerta importante nesse filme: o trato com o ciúmes. Formidável como o Diretor mostra esse "veneno" nas relações afetivas.

Vê-se assim como somos frágeis, meus amigos! Como desconhecemos sentimentos que vão se enraizando sem nossa percepção...

Esse foi, s.m.j., o maior legado do filme: questinarmos nossos atos e com crueza vimos que alimentando em vida de rancores, inveja, prepotência, ganância, materialismo exarcebado, egoísmo que nem imaginamos serão passaporte para uma outra dimensão repleta de ensinamentos e provações.

Os Homens da Terra se não se desarmarem do egoísmo, do centralismo em si próprios, da visão errônea que o visual e bens são meios/fim ao sucesso terão que passar por um túnel negro demais para se redimirem.

Saí do cinema lotado valorizando mais o que Deus me deu;
Saí do cinema querendo "viver" e me doar mais ainda;
Saí do cinema com vontade de me cobrir de realidade e resolví ir dançar, à noite, num Clube aqui da cidade da maioridade. Coisa que não fazia há muito tempo.

Minha filha disse:
- Vai mãe! vai te divertir, mas te cuida tá?
Quando voltei lhe enviei um torpedo, porque sei de sua preocupação comigo, dizendo:

"Voltei. Foi ótimo"

Ela respondeu:

"Ai que bom!Ufa! beijos" rsrsr

E foi tão bom, mesmo! Conheci três mulheres excepcionais, de minha idade aproximadamente, que as convidei a ficarem comigo na mesa. Fui lá porque o filme me fez me "mexer", me "oportunizar mais", buscando atingir meu objetivo que todos conhecem.

Saí da "casca" (já escreví sobre isso no meu Blog) e acabei por descobrir, novamente, que posso e devo me enfrentar para ser mais feliz... E Deus, Chico Xavier, Dr. André Luiz contribuíram para que voltasse para casa orgulhosa de mim.

Que força tem o espiritismo, mesmo sendo católica, na condução de nossos atos!
Que redenção mental nos proporcionam esses "mentores espirituais" que circundam nossa intimidade!

Parabéns Diretor Wagner de Assis. Mais do que parabéns ao Ator Renato Prieto como protagonista no papel do Dr. André Luiz.

Não sei para onde Deus me conduzirá na próxima morada, mas tenho certeza plena que sementes estou lançando desde que nascí para ser uma pessoa boa, enquanto aqui estiver, mas ciente de que nada sou sem meus amigos, sem o compartilhamento.

Maria Marçal - Porto Alegre - RS

Lindas imagens da trilha sonora do Nosso Lar: