O IDOSO E O CARINHO

Na véspera de ano novo, pela tarde, fui na casa de minha mãe e de uma irmã na cidade ao lado de Porto Alegre, onde moram. Desde que o pai faleceu (14 anos) a mãe não gosta desses festejos nem natalinos tampouco passagem de ano. Eu e minhas manas respeitamos isso, mas não deixamos de dar-lhe atenção mesmo assim nesse momento que envolve elos famíliares.

Assim que, com a filha viajando, optei de ficar com minha tia de 93 anos e irmã da mãe, além de meu primo que veio de Crissiúma-SC para festejar 2011.

Tia Leocádia é frágil, cerca de dois anos atrás, teve que amputar uma perna devido a osteoporose. Isto não lhe afeta, absolutamente, aliás foi ela quem disse ao médico que fizesse a cirurgia se era para ficar boa. Embora sua pele seja uma pluminha, é cercada de todos os cuidados. Uma tia vivaz, inteligente, com memória espetacular. Viajou muito por este mundo e por esta razão sentarmos ao seu lado é quase que abrir uma livro de cultura geral.







Ví que como foi prazeroso escolher virar o ano com ela, com meu primo e uma das assistentes da tia. Percebí que o carinho que irmanamos naquela noite de 31 de dezembro se equivale a um grande presente.



O bacalhau foi preparado por ela, acreditem. Ela adora cozinhar. O champagne sem álcool, quer me parecer que seu inventor tinha esta sintonia de respeito pelos idosos, permitiu que a tia tomasse o espumante apropriado a ocasião.

Acho que Deus quis me mostrar que um dia estarei idosa, também. Que ficarei feliz quando, além de minha filha, alguém escolher a mim para passar a troca de ano.

Valeu... meus primeiros ensinamentos para 2011 já despontaram e registrei na minha agenda de vida.















Um brinde de amizade com o primo Carlos

Maria Marçal