terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A CAIXINHA DE FÓSFORO





- Osvaldo, onde está a caixinha de fósforo? está tudo escuro!

Osvaldo responde:

- Luísa! quantas vezes tenho que te falar que não sou eu quem guarda as coisas aqui em casa, não sei!!!!

- Mas, Osvaldo! não enxergo um palmo ...como vou acender uma vela?

Ele:

- Luísa, estamos sem luz!... vamos deitar, então. Quando a luz vier ou amanhã tu encontras a caixinha de fósforo e deixa num lugar que eu saiba, também.

- Mas, Osvaldo!

Ele:

- Não tem Osvaldo...vamos deitar!

E lá se foi a Luísa toda contrariada tateando pela casa até o quarto.

Uma simples caixinha de fósforo, quase que em desuso atualmente, poderia mudar tudo.

Talvez se a achassem teriam ido para cozinha tomar um café à luz de vela, dariam risadas daquela situação inesperada, que os deixou sem ação, fazendo ir para cama mais cedo.

Uma caixinha de fósforo de dispensável à indispensável.

A vida também é assim. Às vezes a gente não dá valor para uma janta em família, um orar na mesa para agradecer a refeição, um beijo roubado dos filhos, o sabor de uma comidinha caseira, de um pão feito em casa fumegando para se comer com manteiga...

Os valores simples da convivência familiar estão tão escondidos quanto aquela caixinha de fósforo e sabemos disso. No entanto, temos "preguiça" de ir procurar aonde a guardamos para torná-la indispensável novamente em nosso lar.

Acabamos sempre por dizer:

- "amanhã eu acho."

Esse amanhã sem compromisso com o amor em família provoca "falta de luz" na Casa.

Pena que não há ninguém preocupado em achar a "caixinha de fósforo" e se contentam em dormir sem descobrir aonde estão escondidas ou guardadas as coisas simples da vida familiar.

No meu caso estou muito atenta à falta de luz em minha vida e quando essa surge sem esperar sei logo onde achar a "caixinha de fósforo".

Vou repassar aqui um texto que recebi de meu amigo Luiz da cidade de Cascavel que muito reflete o que acima procuro transmitir aos meus amigos leitores:


1. Ando pela rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Eu caio...
Estou perdido... Sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.

2. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.

3. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Vejo que ele ali está.
Ainda assim caio... É um hábito.
Meus olhos se abrem.
Sei onde estou.
É minha culpa.
Saio imediatamente.

4. Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada.
Dou a volta.

5. Ando por outra rua.



Queira Deus que TODAS AS FAMÍLIAS que estão sem luz descubram onde guardaram sua caixinha de fósforo, desviando dos "buracos" o quanto antes.

Maria Marçal

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