Fala-se tanto que a felicidade consiste em trabalharmos para alcançar o caro, desde à aquisição de bens até a compra do vestuário elegante com preços exorbitantes ou ainda buscar por cardápios sofisticados à custo de ouro, mas não sei não...
Hoje me descubro amando mortadela, lambendo os dedos com o carreteiro de charque da minha mãe, o pãozinho feito em casa derretido na manteiga comprada no mercado público, que não é importada nem mesmo a comprei em mercearias chiquerrimas com selo e preço elevado.
Descubro que meu café da manhã com fatias de mortadela, essa que os falsos ricos ignoram que existe ou a comem escondidos por ser um produto barato e simples é que me conduz à felicidade serena, destituída de invólucros finos, chegando a mim com toda simplicidade e isto a torna deliciosamente única!
Sinto uma certa tristeza que hoje os valores tomaram um rumo perigoso...
Alçaram voo em direção à ganância, ao ter antes do ser, ignorando esse procedimento tão básico, sublime, que é o leitor que aqui vem se sentir valorizado pelo que traz de melhor em sua índole (rica ou pobre) seja ela comendo lagostas ou mortadela.
O prazer da simplicidade precisa apenas que sejamos íntegros, humanos, que saibamos olhar quem está no chão e não consegue se erguer e assim se prontificar a ajudá-lo até mesmo dividindo seu pão.
Que não se vá tão longe buscar à felicidade, pois o percurso da serenidade no viver se alcança sem sair de casa.
Bens, finesses à parte: o importante é se sentir feliz com aquilo que temos e encontrar na simplicidade do "alimento" a riqueza dos amigos de mesmo pensamento.
Sou comunicativa, aprecio o contato com pessoas cultas, que desejem estar "presentes" no cotidiano, onde procuramos a leitura, a atualização frequente, tão necessárias para emitirmos críticas ou elogios sobre questões diversas. Gostaria de contatar com pessoas do mesmo perfil. Obrigada.
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