Esse domingo ensolarado, onde não chega a tão esperada chuva, trás um pouco de sentimento gaúcho, porque aproveitamos para deitar na grama dos parques, matear com amigos, vestir a farda gauchesca e, indiscutivelmente, aguardar para torcer à tarde pelos nossos times do coração.
Escutei, no rádio hoje cedo, essa melodia que a reparto regada a uma boa amizade que nos une, leitor virtual.
Mata o silêncio dos mates,
acordeona "voz trocada",
e a mão campeira do negro,
passeando, aveludada
nos botões chora segredos,
que ele juntou pela estrada.
Quando o negro abre essa gaita,
abre o livro da sua vida.
Marcado de poeira e pampa,
em cada nota sentida.
Quando o pai que foi gaiteiro,
desta vida se ausentou
o negro piá, solitário,
tal como pedra rolou.
E se fez homem proseando,
com a gaita que o pai deixou.
E a gaita se fez baú,
para causos e canções
do negro que passa a vida,
mastigando solidões
e vai semeando recuerdos,
por estradas e galpões
Bom domingo! meus amigos de TODOS OS PAGOS e, mais especialmente, ao meu amado pai - Ulisses - que deve estar proseando e tomando um mate junto ao Deus da Gente.
Maria Marçal
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