Hoje almoçei com três queridas amigas e um dos assuntos foi a suscetibilidade que envolve as 'coisas do coração'.
Não é mais atributo feminino querer-se a delicadeza no trato, valorizando ou procurando incessantemente àquela complementação de alma entre casais.
A facilidade com que o coração da gente se melindra, por vezes, impressiona.
Será carência em demasia?
Sempre desejamos um pouco mais nestas relações de amor.
Talvez o fato de estarmos correndo demais no tempo nos cegue se encantar com as coisinhas miúdas que o amor nos traz gratuitamente.
Homens e mulheres pedem mais que um beijo, um sexo gostoso, uma sintonia que não supervalorize o estado de humor diário do parceiro. Se agarram, equivocadamente, nas fragilidades resultantes de insatisfações.
Parece que hoje se criam mágoas numa constância impressionante, ocasionadas por excessivas exigências, indeléveis culpas.
Desprezamos o tempero do amor que emana de atitudes simples (ambas as partes) como a surpresa, o sorriso largo, o comprometimento solto e leve.
Temos a impressão que os amantes esqueceram o quanto o coração se alegrava com a jovialidade do amor de antigamente.
Melindres do coração ...
Acho que, vez ou outra, seria muito bom aliviar o coração vivendo como se fosse o primeiro e inesquecível amor.
Maria Marçal
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