terça-feira, 9 de abril de 2013

MELINDRES DO CORAÇÃO


Foto tirada por mim em São Francisco de Paula - RS


Hoje almoçei com três queridas amigas e um dos assuntos foi a suscetibilidade que envolve as 'coisas do coração'.

Não é mais atributo feminino querer-se a delicadeza no trato, valorizando ou procurando incessantemente àquela complementação de alma entre casais.

A facilidade com que o coração da gente se melindra, por vezes, impressiona.

Será carência em demasia?

Sempre desejamos um pouco mais nestas relações de amor.

Talvez o fato de estarmos correndo demais no tempo nos cegue se encantar com as coisinhas miúdas que o amor nos traz gratuitamente.

Homens e mulheres pedem mais que um beijo, um sexo gostoso, uma sintonia que não supervalorize o estado de humor diário do parceiro. Se agarram, equivocadamente, nas fragilidades resultantes de insatisfações.

Parece que hoje se criam mágoas numa constância impressionante, ocasionadas por excessivas exigências, indeléveis culpas.

Desprezamos o tempero do amor que emana de atitudes simples (ambas as partes) como a surpresa, o sorriso largo, o comprometimento solto e leve.

Temos a impressão que os amantes esqueceram o quanto o coração se alegrava com a jovialidade do amor de antigamente.

Melindres do coração ...

Acho que, vez ou outra, seria muito bom aliviar o coração vivendo como se fosse o primeiro e inesquecível amor.




Maria Marçal








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