sábado, 14 de novembro de 2009

JUNTANDO OS "PEDAÇOS" DA GENTE



As "segundas, terceiras" chances no campo do amor trazem lembranças do que sentíamos antes... com amores passados ... com caras marcadas pelo tempo .. com decisões tomadas e seladas para sempre.

No entanto, essas experiências são bem vindas para delinear atitudes futuras, quando começamos, quase cansados(as)e aos poucos, abrir novas fendas, vindas de carinhos calçados por outros pares.

Nesse momento, cara a cara e ajudados pelo destino, beijamos a felicidade, porque estamos certos do que buscamos, do que NÃO QUEREMOS MAIS.

Tem um nome esse estado de alma: amadurecimento.

Fui num baile da terceira idade na semana passada aqui em Porto Alegre.
Alí observei, ao som das músicas perpetuadas na mente da maturidade, que ainda existem casais que dançam em sintonia, com rostos colados e passos sincronizados pela habilidade do convívio de anos, o que me fez muito feliz.

Descobrí, naquela noite, almas que não perderam o brilho do amor... da disposição ... do buscar meios para manter a chama da paixão acesa, renovando votos de fidelidade a uma união que desejam que dê certo eternamente.

Observei, também, que nós descasados nos juntamos a esses casais maduros sem culpas, sem tristezas. Ocupamos um espaço diferente ali naquele salão.

Procuramos ali por novas oportunidades no campo do amor e olhares se cruzavam a todo instante com convites para dançar e, prazerosamente, nos sentimos iguais aqueles casais "resolvidos".

É muito bom existirem locais para dançar na maturidade.

Clubes sociais de nível excelente agregam, ao som de um bom conjunto musical, dois grupos distintos: casados e descasados. E todos, harmoniosamente, se encontram na valorosa pista da vida.

No baile do CEJUS,dia 23 de outubro passado, meus amigos Benigno Rocha e Silvedi Edi Lozekan trocaram alianças, reafirmando perante seus colegas do TJ-RS o compromisso matrimonial que assumiram há muitos anos.



Esse casal tão conhecido da gente pela simpatia e amizade resolveram CASAR NOVAMENTE, convictos que seu amor não diminuiu, ao contrário, descobriram juntos uma forma renovada de amar com cabelos brancos, agora.

Muito lindo quando duas pessoas conseguem esse entrelaçamento de sentimentos.

E nós, presentes naquele outro baile comentado acima, tenho certeza que ainda acreditamos em almas gêmeas. O Benigno e a Edi que o digam.

A maioridade sentimental é muito linda. Quem aqui está lendo e for mais jovem saberá disso daqui algum tempo.

O que não se pode perder nesse momento da vida é a vontade de vivenciar com música os objetivos traçados, as esperanças lançadas em direção ao coração. Apenas isso.

Parabéns! Benigno e Edi... vocês trazem a certeza de que o amor existe em qualquer idade.

Agora uma música que é CARA a CARA com nossos SONHOS:



Crônica: AMORES SEM IDADE
Maria Souza

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